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Humanidade já!


Por Anderson Cabral 


Humanidade já 

A hipocrisia é o mal da humanidade,
O futuro do mundo será um poço de maldade?
A ignorância é o que resta pra nação?
O filho bastardo tenta ser um homem são. 
Mas o desenrolar da vida se embola no caminho,

A lata de lavagem vira um salaminho.
O homem sem emprego já não sabe o que fazer
É triste ver seus filhos sem ter o que comer.
Ele tenta o futuro, mas, retorna ao passado.
E relembra das viagens, quando vivia drogado.
“Não havia paraíso, mas, o inferno era legal”,
Tinha orgia todo dia e muitas notas de real.
Mas ele para e pensa: O que estou fazendo,
Não posso fraquejar, não sei o que fazer, mas, quero uma saída, 
Pra mudar o meu caminho, pra mudar as nossas vidas.
Eu quero um mundo de paz e um grande quintal,

Quero educar meus filhos e ser especial.
Mesmo que o meu país não me trate como tal,
Deixa-me aqui jogado, me esqueça no natal.
Se eu peço uma chance fico sempre pra depois,
Eu só quero uma ajuda pra comprar feijão e arroz.

Não consigo emprego por ser analfabeto,
A hipocrisia começa nessa hora,
E só na solução é o que penso agora, a ignorância quem faz são eles.
Bastardo eu não sou mais, estou tentando ser correto e viver em paz.
Mas se não desenrolar o que vou fazer?
Os meus filhos ainda não tem o que comer.

Se embolar partirei pra briga, lutarei por um espaço é a única saída,
Vou encarar tudo e todos e tenho que ganhar
Pois não posso deixar meus filhos jogados por aí.
Ei alguém mude o futuro da nação 
Por mim, por eles, para todos os irmãos.
Só um pouquinho de melhora, só uma chance de viver,
Quero uma vida sem as drogas, quero um futuro sem sofrer,
Mas eu quero isso agora, já que amanhã não sei se vou viver.
Deus, o mundo não é mais como você criou,

Hoje os seus animais só pensam no terror.
Mas eu só quero uma chance de prosseguir
Sem derramarem o meu sangue por aí 
E uma grande nação que valorize seu povo, analfabetos ou não.
Que tratem todos eles como seres humanos
E que o mundo volte a ser como há milhares de anos
Um paraíso ou simplesmente mais humano...

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